Data: 02 de Abril de 2009
Um estudo realizado em nove países europeus pelo Grupo AXA concluiu que os condutores portugueses sentem-se mais seguros nas estradas nacionais, embora admitam ter ainda comportamentos de risco.
Do total de 800 condutores inquiridos em Portugal, 60% disse sentir-se actualmente mais seguro do que há dois anos, o resultado mais elevado de todos os países incluídos no estudo.
No entanto, para os condutores portugueses a percepção de risco de acidentes de viação continua elevada (40%) e, mais do que em qualquer outro país, os condutores admitem não ter modificado o seu comportamento na estrada (68%).
Em todos os países, a prevenção rodoviária é considerada um tema de extrema importância, com Portugal a liderar o ranking (98%).
De acordo com os dados mais recentes sobre a sinistralidade rodoviária, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, entre 2000 e 2008 o número de vítimas mortais diminuiu 56 por cento.
Das principais conclusões do AXA Barómetro de Prevenção Rodoviária referentes aos condutores portugueses destacam-se ainda:
• Quase metade dos inquiridos (46%) acha que os seus compatriotas são bons condutores mas quase a mesma proporção (45%) acha que são piores do que os dos outros países;
• Um em cada quatro acha que o seu comportamento na estrada mudou nos últimos 12 meses, sobretudo para melhor;
• O comportamento dos condutores tem sido influenciado sobretudo pela subida do preço dos combustíveis (68%) e pela consciencialização para os perigos na estrada (60%). A instalação de radares e alterações na vida familiar (ambas com 34%) e as campanhas de prevenção (32%) tiveram também algum impacto no tipo de condução;
• São considerados como comportamentos muito perigosos: conduzir a alta velocidade e a poucos metros de distância do veículo da frente (86%), atender o telemóvel a conduzir, sem o kit de mãos livres (85%), conduzir sem cinto de segurança (82%) e ultrapassar ou mudar de direcção sem assinalar a manobra (80%);
• Exceder a velocidade permitida dentro das localidades é considerado arriscado por 42% dos inquiridos, mas 60% admitem fazê-lo;
• Apenas 25% dos inquiridos responderam correctamente quando questionados sobre o limite de álcool permitido;
• Metade dos condutores considera que a punição às infracções ao Código da Estrada deve ser mais severa, enquanto que quase um terço defende que as actuais são suficientes;
• Mais de um em cada 10 condutores afirma ter sido multado por estacionar ou parar em local proibido (42%), por excesso de velocidade (26%) ou por falar ao telemóvel sem o kit de mãos livres (10%);
• 78% dos inquiridos dizem ter ouvido falar do Plano Nacional de Prevenção dos Acidentes Rodoviários e quase quatro em cada 10 acha que teve impacto na redução dos acidentes na sua área de residência;
• As principais medidas apontadas em prol da segurança nas estradas são: ensinar segurança rodoviária às crianças (55%), prevenir a condução sob o efeito do álcool (47%), instalar sinalização nos locais perigosos (45%) e melhorar as infra-estruturas rodoviárias;
• O equipamento de segurança é o segundo critério mais importante na compra de um automóvel (65%), depois da eficácia energética (77%) e antes do preço (42%).
Neste estudo pan-europeu foram conduzidas mais de sete mil entrevistas, a 800 condutores em cada país: Portugal, Espanha, Bélgica, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Grã-Bretanha e Suíça.